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| Indígenas cobram atendimentos efetivos nas aldeias do Arapiuns |
O
compromisso foi assumido pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Ufopa e
Sesai, durante audiência pública no dia 10, no pólo regional da Sesai, em
Santarém, onde lideranças indígenas estão acampadas há uma semana.
“A Semsa é
parceira, mas a responsabilidade da saúde indígena é da Sesai. Mas a gente
trabalhando em conjunto, atende não só as comunidades ribeirinhas como a
população indígena também. Por isso, nós faremos duas viagens a partir do mês
que vem com ações de saúde para Arapiuns junto com equipes da Ufopa e Sesai”,
informou a secretária de Saúde, Dayane Lima.
Ainda
segundo Dayane, ficou acordo que as comunidades formarão um grupo para repassar
à Semsa as principais demandas das comunidades na área de saúde, para que a
Semsa avalie e verifique de que forma pode ajudar, inclusive no que se refere
ao atendimento pelas ambulanchas.
Cobrança
legítima
O procurador da República,
Camões Boaventura, representou o Ministério Público Federal na audiência com as
lideranças indígenas.
Na ocasião,
leu ofício da Sesai/Brasília em resposta a uma indagação feita pelo MPF, e
questionou a secretária de Saúde de Santarém a respeito das ambulanchas que não
estariam atendendo a contento as populações.
“É
importante registrar que a reivindicação dos indígenas está abrigada em uma
ação judicial. O MPF acionou a justiça em 2015, houve liminar favorável,
sentença favorável, mas nenhuma das decisões foi integralmente satisfeita.
Então, essa cobrança que está sendo feita pelos indígenas com ocupação do polo
Sesai é para fazer valer as decisões judiciais”, explicou Camões Boaventura.
Segundo o
procurador, a reativação do serviço de ambulancha é a principal reivindicação
dos indígenas à secretaria Municipal de Saúde de Santarém.
Junto à Sesai, os indígenas
cobram contratação de equipes multidisciplinares para atendimento nas aldeias,
transporte auxiliar às ambulanchas e meio de comunicação com a cidade para
informar as situações de urgência e emergência.
Os
indígenas seguem acampados no polo Sesai/Santarém, na tentativa de conseguirem
uma audiência na sede da Sesai, em Brasília.

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