Em busca de respostas da gestão municipal de
Alenquer, no oeste do Pará, para solucionar a problemas que têm comprometido o
funcionamento das unidades de saúde do município, uma comissão do Sindicato dos
Profissionais de Saúde (Sindsaúde) protocolou nesta quinta-feira (2) uma
denúncia junto ao Ministério Público. A categoria está em greve desde o dia 18
de julho.
O Sindisaúde
denuncia entre outras coisas, a falta de técnicos, médico, materiais e
medicamentos nas unidades básicas de saúde. Uma reunião estava marcada para a
manhã desta quinta-feira na sede do Conselho Municipal de Saúde com o titular
da Semsa (secretaria Municipal de Saúde), mas o secretário não apareceu.
“Não temos
resposta de solução nenhuma por parte da gestão. Então tomamos a decisão de
encaminhar para outras esferas uma carta denúncia. Infelizmente a secretária de
Saúde não comparece às reuniões para dialogar com a categoria e os
trabalhadores da saúde que aderiram à greve compareceram na reunião do
conselho”, relatou a diretora sindical Alda Célia.
Segundo Alda
Célia que é também enfermeira, a partir desta sexta-feira (3), a denúncia que
foi protocolada junto ao Ministério Público Estadual será encaminhada também ao
Conselho Municipal de Saúde, Câmara Municipal, Sespa, Conselho Estadual de
Saúde, MPF, Conselho Nacional de Saúde, Ministério da Saúde e Ministério do
Trabalho.
“A situação é
tão precária que chegou ao ponto dos servidores e da própria população usuária
precisarem comprar material para atendimento nos postos de saúde, uma vez que a
gestão não oferece”, revelou Alda Célia.
No documento, o Sindsaúde denuncia a falta de
descartex para material perfurante, aparelhos injetáveis, agulhas, compressas
de gaze, ataduras de crepe, aparelho de hematologia, sonar para sala de
pré-natal, bisturi elétrico, medicamentos Hiperdia, destilador de uso
laboratorial, soro fisiológico e glicosado, lâmina de bisturi, anestésicos,
pinças, aparelho de verificação de pressão arterial, luva estéril, algodão,
álcool 70%, fitas para exame de glicemia, materiais de limpeza, geladeira para
vacinas, EPI’s para atividades insalubres e perigosas, medicação de saúde
mental, diabetes e pressão arterial, entre outros.
O sindicato também denuncia a estrutura física
precária de algumas unidades de saúde que não têm sequer água para a limpeza
interna. E também o fato do Laboratório do Centro Municipal de Saúde ser o
único funcionando na rede pública de saúde em Alenquer.
Por fim, o Sindsaúde denuncia que unidades de saúde da
zona rural, cadastradas, não funcionam. E que os servidores lotados nessas
unidades trabalham na cidade. Mesmo assim, o município tem feito licitações
para aquisição de medicamentos para as unidades que não estão funcionando.
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