sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Sindsaúde denuncia ao MP falta de materiais e remédios nas unidades de saúde em Alenquer

Em busca de respostas da gestão municipal de Alenquer, no oeste do Pará, para solucionar a problemas que têm comprometido o funcionamento das unidades de saúde do município, uma comissão do Sindicato dos Profissionais de Saúde (Sindsaúde) protocolou nesta quinta-feira (2) uma denúncia junto ao Ministério Público. A categoria está em greve desde o dia 18 de julho.
O Sindisaúde denuncia entre outras coisas, a falta de técnicos, médico, materiais e medicamentos nas unidades básicas de saúde. Uma reunião estava marcada para a manhã desta quinta-feira na sede do Conselho Municipal de Saúde com o titular da Semsa (secretaria Municipal de Saúde), mas o secretário não apareceu.
“Não temos resposta de solução nenhuma por parte da gestão. Então tomamos a decisão de encaminhar para outras esferas uma carta denúncia. Infelizmente a secretária de Saúde não comparece às reuniões para dialogar com a categoria e os trabalhadores da saúde que aderiram à greve compareceram na reunião do conselho”, relatou a diretora sindical Alda Célia.
Segundo Alda Célia que é também enfermeira, a partir desta sexta-feira (3), a denúncia que foi protocolada junto ao Ministério Público Estadual será encaminhada também ao Conselho Municipal de Saúde, Câmara Municipal, Sespa, Conselho Estadual de Saúde, MPF, Conselho Nacional de Saúde, Ministério da Saúde e Ministério do Trabalho.
“A situação é tão precária que chegou ao ponto dos servidores e da própria população usuária precisarem comprar material para atendimento nos postos de saúde, uma vez que a gestão não oferece”, revelou Alda Célia.
No documento, o Sindsaúde denuncia a falta de descartex para material perfurante, aparelhos injetáveis, agulhas, compressas de gaze, ataduras de crepe, aparelho de hematologia, sonar para sala de pré-natal, bisturi elétrico, medicamentos Hiperdia, destilador de uso laboratorial, soro fisiológico e glicosado, lâmina de bisturi, anestésicos, pinças, aparelho de verificação de pressão arterial, luva estéril, algodão, álcool 70%, fitas para exame de glicemia, materiais de limpeza, geladeira para vacinas, EPI’s para atividades insalubres e perigosas, medicação de saúde mental, diabetes e pressão arterial, entre outros.
O sindicato também denuncia a estrutura física precária de algumas unidades de saúde que não têm sequer água para a limpeza interna. E também o fato do Laboratório do Centro Municipal de Saúde ser o único funcionando na rede pública de saúde em Alenquer.
Por fim, o Sindsaúde denuncia que unidades de saúde da zona rural, cadastradas, não funcionam. E que os servidores lotados nessas unidades trabalham na cidade. Mesmo assim, o município tem feito licitações para aquisição de medicamentos para as unidades que não estão funcionando.

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