quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Produtores de pirarucu participam de oficinas sobre empreendedorismo e manipulação de alimentos


Moradores das comunidades Santa Maria, Tapará Miri e Pixuna, região de várzea do município de Santarém, no oeste do Pará, participam de uma rodada de oficinas de 28 a 31 de agosto. As oficinas ministradas pelo Sebrae visam despertar o espírito empreendedor dos participantes para a prática sustentável e rentável do manejo do pirarucu na região.
A responsabilidade do Sebrae em Santarém é capacitar os pescadores para o fornecimento do peixe de grande valor comercial para pessoas jurídicas com finalidade de melhorar a prática comercial dos moradores.
A capacitação proporciona conhecimentos aos ribeirinhos com noções de mercado, comercialização, precificação e conhecimento de custo. “A sustentabilidade é um diferencial e precisamos transformar essa sustentabilidade em estratégia. Não deixar que eles comparem o produto deles com outro produto de menor valor”, destacou o gerente regional do Sebrae em Santarém, Michel Martins.
Os moradores das comunidades beneficiadas pelo projeto já desenvolvem o manejo comunitário. Um trabalho voluntário de organização comunitária em prol da defesa dos recursos naturais. Porém o resultado do esforço coletivo é mínimo comparado a pesca e comercialização de quem ignora as leis que preveem normas e diretrizes para a atividade em determinadas regiões.

Monitoramento

Um monitoramento feito por pesquisadores da Sapopema (Sociedade para a Pesquisa e Proteção do Meio Ambiente) revelou que os pescadores de Santa Maria capturaram 44 pirarucus em 2017 com arpão e espinhel. O peixe de agregado valor comercial, foi comercializado em média a R$ 12,77 o quilo, bem abaixo do preço que é repassado ao consumidor final, em torno de R$ 25 a R$ 30, o quilo.
“O peixe de cativeiro não tem a mesma dinâmica. Ele não se locomove da mesma forma que o peixe no lago e a alimentação é diferenciada. Tanto que o de cativeiro tem o preço mais baixo, já que o peixe de manejo é mais saboroso”, explicou o biólogo da Sapopema, Fábio Sarmento


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