Moradores das comunidades
Santa Maria, Tapará Miri e Pixuna, região de várzea do município de Santarém,
no oeste do Pará, participam de uma rodada de oficinas de 28 a 31 de agosto. As
oficinas ministradas pelo Sebrae visam despertar o espírito empreendedor dos
participantes para a prática sustentável e rentável do manejo do pirarucu na
região.
A responsabilidade do Sebrae em Santarém é capacitar os pescadores para
o fornecimento do peixe de grande valor comercial para pessoas jurídicas com
finalidade de melhorar a prática comercial dos moradores.
A capacitação proporciona conhecimentos aos ribeirinhos com noções de
mercado, comercialização, precificação e conhecimento de custo. “A
sustentabilidade é um diferencial e precisamos transformar essa
sustentabilidade em estratégia. Não deixar que eles comparem o produto deles
com outro produto de menor valor”, destacou o gerente regional do Sebrae em
Santarém, Michel Martins.
Os moradores das comunidades beneficiadas pelo projeto já desenvolvem o
manejo comunitário. Um trabalho voluntário de organização comunitária em prol
da defesa dos recursos naturais. Porém o resultado do esforço coletivo é mínimo
comparado a pesca e comercialização de quem ignora as leis que preveem normas e
diretrizes para a atividade em determinadas regiões.
Monitoramento
Um monitoramento feito por pesquisadores da Sapopema (Sociedade para a
Pesquisa e Proteção do Meio Ambiente) revelou que os pescadores de Santa Maria
capturaram 44 pirarucus em 2017 com arpão e espinhel. O peixe de agregado valor
comercial, foi comercializado em média a R$ 12,77 o quilo, bem abaixo do preço
que é repassado ao consumidor final, em torno de R$ 25 a R$ 30, o quilo.
“O peixe de cativeiro não tem a mesma dinâmica. Ele não se locomove da
mesma forma que o peixe no lago e a alimentação é diferenciada. Tanto que o de
cativeiro tem o preço mais baixo, já que o peixe de manejo é mais saboroso”,
explicou o biólogo da Sapopema, Fábio Sarmento
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