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Celso Santos, vice-presidente do sindicato dos rodoviários
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O Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários e Empresa de
Transportes de Santarém está articulando um abaixo-assinado para solicitar uma
audiência pública junto ao Ministério Público Estadual(MPPA). Segundo a
entidade, a escolha de apenas uma empresa pode causar demissões em massa. No
total, 700 pessoas atuam nas empresas, sendo 450 delas sindicalizadas. A
estimativa do sindicato é de que pelo menos 300 trabalhadores possam perder
seus empregos caso não haja adequações.
A
licitação aberta pela Prefeitura de Santarém para concessão do serviço de
transporte coletivo urbano prevê no edital que o certame será vencido por uma
única empresa, que vai explorar 31 (trinta e uma) linhas, durante um
período de 120 meses, prorrogável por mais 12 meses. O sindicato acredita que a
reordenação da concessão das linhas de ônibus deve contribuir para uma melhor
prestação do serviço de transporte público, mas que não pode concordar com a
possibilidade de muitos de seus associados ficarem desamparados.
“Queremos
melhoras no sistema sim, com carros novos e linhas organizadas, que é um anseio
tanto do trabalhador quanto da população, mas a gente não pode aceitar que a
classe seja prejudicada e queremos garantias de que não sejamos afetados”,
esclarece Celso Santos, vice-presidente do Sindicato doa Rodoviários.
Atualmente,
dezesseis empresas exploram o serviço na zona urbana do município e nas regiões
do Eixo-Forte, Br-163 3 PA 470. Outra condição estabelecida no edital é que o
valor da tarifa será a única para todos os itinerários, inclusive para Alter do
Chão, que hoje tem preço diferenciado.
O
objetivo do abaixo assinado é fazer com que a categoria seja ouvida pelos
promotores, uma vez que o sindicato teme que as atuais condições que o certame
impõe pode gerar desemprego de muitos funcionários do ramo.
“A
preocupação do sindicato é a mesma de diversos trabalhadores. O Ministério
Público pressionou a prefeitura para que saia o edital, mas que garantia o
trabalhador terá? A empresa vencedora virá, assume a linha e os trabalhadores
das empresas que não forem contempladas, como é que ficam? Em nenhum momento o
sindicato foi chamado para participar das discussões. Temos que ver
alternativas para que os trabalhadores não sejam prejudicados. Quando soubemos
a respeito, o edital já estava sendo publicado. Faltou ouvir a gente e por isso
estamos com o abaixo-assinado que vai envolver não só os empregados, como
também os familiares destes empregados que também serão afetados. A ideia é
reunir aproximadamente mil assinaturas e entregar a documentação para o
Ministério Público Federal e Estadual, além da Câmara de Vereadores ”, conclui
Celso.

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