O resultado das análises, no entanto, não descarta a possibilidade de contaminação da água do rio por mercúrio dos garimpos.
| Ilha do Anmor em Alter do Chão/Divulgação |
As denúncias sobre a turbidez da água do Rio
Tapajós, na área que banha a praia de Alter do Chão, localizada em Santarém, no Pará,
completaram 3 meses e, finalmente, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente
(Sema) divulgou nesta quarta-feira (16) que o teste de balneabilidade,
realizado em janeiro deste ano, apontou que a água está própria para banho.
O teste é somente para verificar se a
água tem qualidade para banho, no entanto não descarta a possibilidade de
contaminação e prejuízos à população, principalmente quanto à ingestão do
líquido. A análise é feita duas vezes ao ano no município.
A coloração diferente começou a
chamar atenção da população no final do ano passado, dois
meses depois a Polícia Federal emitiu um laudo onde apontou que a turbidez da
água foi causada pelo garimpo ilegal da região.
Testes nas praias de Santarém
A partir dos testes realizados ainda no
mês de janeiro e com resultado divulgado hoje (16), as amostras coletadas nas
praias de Alter do chão, Pajuçara, Maracanã e Ponta de Pedras foram
classificadas como própria/excelente, conforme padrões estabelecidos pela
Resolução Conama 274/2000.
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, o
estudo ressaltou que o bom resultado foi conseguido tanto para o parâmetro
microbiológico mais restritivo - Escherichia coli - quanto para o menos
restritivo - Coliformes
termotolerantes. A próxima coleta deve ser realizada no mês de maio,
conforme informou a Sema.
Em fevereiro desse ano a Polícia Federal
divulgou um laudo apontando que as atividades de garimpo ilegal no região de Alter
contribuem decisivamente à poluição da bacia tapajônica,
incluindo influência sobre a coloração das águas em Alter do Chão.
O laudo da PF alertou também para a
questão do uso de produtos químicos como mercúrio e cianeto em garimpos da
Calha Norte. Vale ressaltar que testes de balneabilidade, como esse realizado
pela Sema, não verifica a presença ou não dos poluentes citados pela PF.
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