sexta-feira, 25 de março de 2022

Criadores de peixe ganham crédito de incentivo no Estado do Pará

 Projetos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) associam recursos, tecnologia e organização social.

A criação de peixe é uma das atividades crescentes no âmbito da aquicultura, com o apoio da Emater/ Divulgação


Um tanque em uma área onde seja possível criar algumas espécies de peixes que bem se adaptam ao cativeiro. Essa é uma atividade legal e que movimenta milhares de reais ajudando na renda de muitas famílias.

A criação de peixe é uma das pontas de uma cadeia produtiva substantiva, de pesca artesanal e aquicultura, com milhares de famílias em todos os 144 municípios do Pará, ajudando a alimentar milhões de pessoas aqui e além, pela cercania do Pará e na exportação brasileira. 

Em fevereiro deste ano, dez piscicultores de Gurupá, no Arquipélago do Marajó, receberam de R$ 30 mil a R$ 110  mil de crédito rural, da linha Custeio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), pela atuação conjunta da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater). O dinheiro já está sendo aplicado em diretrizes de despesas nas propriedades, a exemplo da compra de ração. 

De onde vem o peixe que você come?

Para que espécies de mar, rio, açude e igarapé cheguem como iguarias nas mesas de todo o Pará, e até fora do Estado, existe um caminho de histórias de pessoas, políticas públicas e de meio ambiente sustentável. 

Em Portel, no Marajó, por exemplo, a assistente social, Carline Barboza, de 40 anos, come acará, filhote e pescada pelo menos duas vezes por semana. “Frito ou assado de forno. Para açaí é um acompanhamento ideal”, saliva.

Na introdução alimentar do único filho, Pedro Neto, de um ano e meio, peixes no geral são bastante valorizados: “Por uma questão de riqueza nutricional e também porque é uma valorização da nossa cultura e da nossa terra”, diz Carline. 

Essa proteína tão importante nas refeições da Família Barboza não cai do céu, nem sobe da terra; a mágica é outra, de atuação integrada entre o Estado e a sociedade civil. 

Com o apoio de órgãos como a Emater, a cadeia produtiva do pescado, uma das mais relevantes da socioeconomia da Amazônia paraense, é uma herança de tradição e circunstância. 

Base

Portel, onde Carline Barboza mora, compra e consome peixe, é um dos destinos da produção em tanques-escavados no Sítio Novo Progresso – 50 hectares à margem do rio Moju, comunidade Santa Luzia, território de Gurupá, município limítrofe.

A principal atividade socioeconômica do casal, Hélio Kleber Correa, 40, e Luzivane dos Reis, 25, é a piscicultura, com foco em pirapitinga, tambaqui e o híbrido tambatinga. São cinco tanques, em dois hectares de lâmina d’água, com cerca de 10 mil alevinos. A produção anual é de 25 toneladas. 

Com informações da Agência Pará

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