sábado, 26 de março de 2022

Com 3ª via empacada, chance de ir ao 2º turno hoje é nula, diz estatístico

 Os levantamentos foram publicados por BTG/FSB, Exame/Ideia, Datafolha e Ipespe/XP.

Os presidenciáveis Ciro Gomes, Sergio Moro e João Doria/ Reprodução: UOL


As quatro pesquisas eleitorais publicadas nesta semana, com foco na eleição presidencial de 2022, indicam que o melhor desempenho de uma candidatura de terceira via no primeiro turno é inferior a 13% das intenções de votos, considerando a margem de erro. Os levantamentos foram publicados por BTG/FSB, Exame/Ideia, Datafolha e Ipespe/XP.

Os principais nomes da dita terceira via, que se apresenta como alternativa às candidaturas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), são Ciro Gomes (PDT), Sérgio Moro (Podemos) e João Doria (PSDB).

Lula lidera por uma diferença de pelo menos dez pontos percentuais em seis dos sete cenários testados pelos institutos de pesquisa. Apenas na pesquisa Exame/Ideia a diferença entre ele e Bolsonaro é menor, de apenas cinco pontos percentuais.

O site Polling Data, agregador de pesquisas eleitorais, indica que, com base nas atuais pesquisas, não há chance de que as candidaturas da terceira via cheguem ao segundo turno. Os levantamentos apontam que a disputa, neste momento, seria entre Lula e Bolsonaro. "Neste momento, a probabilidade de um candidato da terceira via ir ao segundo turno é zero", explica o estatístico Neale El-Dash, criador do Polling Data.

Para calcular as chances da terceira via, El-Dash soma as probabilidades que todos os pré-candidatos — à exceção de Lula e Bolsonaro — têm de avançar ao segundo turno. "Se hoje a probabilidade de cada um deles é zero, a soma também dá zero", resume.

O estatístico também observa que, como as eleições brasileiras muitas vezes "são decididas nas últimas semanas", é possível que os cenários não se mantenham os mesmos até outubro, quando será a votação. Não é possível comparar nenhuma das quatro pesquisas com levantamentos anteriores feitos pelos mesmos institutos.

No caso da BTG/FSB, trata-se da primeira pesquisa realizada em 2022. Os outros institutos tiveram mudanças nas listas de presidenciáveis apresentada aos eleitores nos questionários.


Fonte: UOL

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