Um dos focos é estimular reflexões sobre a produção textual para reivindicação de pautas prioritárias para as comunidades indígenas.
| Comunicadores indígenas na oficina de produção textual/ Ag. PA |
A Diretoria de Comunicação Popular
e Comunitária da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom), em parceria com a
Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e a Federação dos Povos
Indígenas do Estado do Pará (Fepipa), realiza no bairro do Mangueirão a oficina
de de produção textual para lideranças indígenas. O objetivo da ação é
compartilhar conhecimento e experiências. A programação é gratuita e ocorre nos
dias 11, 12, 13 de março, na sede da federação.
A perspectiva é ampliar o debate
sobre a democratização da comunicação e, também, discutir a importância do
envolvimento da comunidade em questões relativas ao protagonismo das
informações, por meio das mais diversas tecnologias da comunicação. Um dos focos
é estimular reflexões sobre a produção textual para reivindicação de pautas
prioritárias para as comunidades indígenas, os perigos que as fake news
representam para o caráter ético da informação.
Durante a programação, serão
abordadas questões acerca do uso da informação e comunicação de forma ética.
Dessa forma, o objetivo é sensibilizar os participantes para contribuir com
transformações de suas comunidades por meio da produção de conteúdos em
plataformas digitais que tratam sobre a realidade, as demandas e o contexto
social da comunidade.
Luene Karipuna é do Oiapoque (AM) e conta que optou
participar da oficina porque, apesar de o povo indígena ser forte na oralidade,
admite a necessidade de aprender mais sobre o repasse de informações por meio
de texto. "A gente entrar com a produção textual é nos adaptar a um
ambiente que pode receber sobre as lutas dos povos indígenas. Importante que
outras pessoas não indígenas possam saber sobre isso, para cada vez mais a
gente poder trocar conhecimento", explica a participante.
Puyr Tembé é gerente de proteção aos direitos dos povos indígenas da Sejudh, e atual presidente da Fepipa, ela explica que essa chamada dos jovens comunicadores tem muito a ver com a conjuntura política, que levou as fake news inclusive para o ambiente dos povos indígenas.
"Esses jovens têm uma arma na mão, que é a comunicação, para a
defesa da existência dos povos indígenas. Achamos que a Federação precisa desse
fortalecimento, é também fortalecer nossa luta por dignidade, a verdade,
mostrar a força, a identidade. Esse movimento tem crescido e esses jovens são
muito importantes nesse cenário", explica.
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