
Desde o início da obra executada pela empresa ABI – Administradora de Bens de Infraestrutura Ltda., que acontece em meio a uma grande área habitada, a população vivencia momentos de preocupação com o empreendimento, sobretudo por se tratar do armazenamento de combustível, em grande quantidade. De acordo com informações, estão sendo construídos 7 tanques, totalizando capacidade de milhões de litros de combustíveis.
Na região onde surge o empreendimento, são precárias as condições das vias públicas. Buracos, lama e poeira fazem parte do cenário digno de guerra. Uma incoerência sem tamanho, diante dos milhões de reais que estão sendo investidos na obra. Sem calçadas, moradores arriscam a vida devido à necessidade de andar no meio ao intenso movimento de carros, caminhões e tratores.
Na quinta-feira (5), completou um mês que os presidentes das Associações de Moradores dos Bairros de Santana e Uruará expuseram em documento protocolado no MPF, suas preocupações.
Citam que atividade representa um alto risco ao meio ambiente e a vida das pessoas que residem nos bairros e adjacências. Questionam o fato dos moradores não terem sido ouvidos. “A população nunca foi chamada para participar de Audiência Pública ou Consulta Prévia”. Também citam a hipótese do empreendimento não ter os estudos necessários. “… pelo que se sabe, não houve Estudo de Impacto Ambiental, como determina a lei”, afirmam as lideranças comunitárias.
Para os presidentes das associações, outra preocupação é com os pescadores e comunidades tradicionais: “A obra em questão fica muito próxima às comunidades quilombolas de Arapemã e Saracura. Áreas que há décadas são utilizadas por pescadores artesanais que buscam diariamente na região o pescado para subsistência. Também fica próximo ao Lago do Maicá, que possui Área de Proteção Ambiental (APA), onde estudos comprovam ser berçário natural de peixes e rico ecossistema”, informam.
Medo
Os moradores solicitam o apoio do MPF para providencias quanto as questões enumeradas. A preocupação maior é com o risco de explosão, como por exemplo, a que aconteceu no município de Santos(SP), no mês de abril de 2015. No caso citado, a explosão e os incêndios de tanques de combustíveis atingiram uma empresa localizada em área industrial, diferente do que acontece no bairro do Santana. Numa situação de emergência, até mesmo o trabalho do Corpo de Bombeiros seria dificultado devido a precariedade de acesso ao local, entre vias esburacadas e vielas estreitas.
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