sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Dois ex-presidentes vão morrer em 2020; afirma médium

Robério Alexandre Bavelone, o Robério de Ogum, é um dos mais influentes médiuns do País. Adepto do candomblé e com fortes conexões espíritas, ele afirma que o Brasil e os brasileiros vão passar por um ano de 2020 bastante turbulento na política e na economia, com a morte de dois ex-presidentes e de algumas grandes figuras da classe artística.
Em 1980, Robério previu a morte de Tancredo Neves. Em 2004, falou do falecimento do papa João Paulo II. E, no ano passado, disse que o Brasil perderia um grande comunicador em 2019. Gugu Liberato morreu em um acidente doméstico em novembro.
Robério concedeu uma entrevista exclusiva para a Revista ISTOÉ, onde também falou sobre como seus dons se manifestaram e as preocupações que lhe causam a intolerância e a tóxica mistura de política e fé no Brasil: “Quem monta bancada para sua religião não está falando de Deus”.

O que irá acontecer com o Brasil em 2020?
"Teremos um ano cheio de sacrifícios para os brasileiros na economia. Será o verdadeiro ano da revolução e da cassação de poderes, com muito peso para as questões de justiça, conflitos entre as instituições e mudanças de comportamento na sociedade. Dois ex-presidentes vão morrer em 2020. A classe artística vai sofrer com a perda de quatro comunicadores que fizeram história, além de dois cantores e sete atores e atrizes muito queridos."

Como ficará o governo e o presidente Bolsonaro?
"Um espírito tanto pode prejudicar uma família quanto um governante. Temos um presidente bem intencionado e honesto, mas espiritualmente agoniado e afoito. Ele puxa negatividades do nada. Vejo pessoas como o Marco Feliciano [pastor e deputado federal paulista] rezando sem sucesso. Se o presidente se equilibrasse, as coisas funcionariam. Mas ele sofre de muita falta de paz de espírito."

Mas alguma vez Bolsonaro foi calmo? Ele agride as pessoas quase sempre.
"Eu não o vejo assim. Ele adota um escudo para se defender e está cercado de muita gente que brilha pela incompetência. Rezo para que ele tenha paz em suas decisões, pois preside o pobre e o rico, o branco e o preto, o católico, o evangélico, o budista e o espírita. Fico triste quando ouço sobre a bancada da bíblia e da bala. Balas e bíblias não combinam. Religioso não nasceu para ter cargo político. Veja o que está ocorrendo no Rio de Janeiro. Quem tem uma missão religiosa precisa trabalhar para o povo."

As entidades espirituais olham para o que ocorre na política?
"Eu disse que 2016 seria um ano de Ogum, um ano voltado para a busca da justiça, e que veríamos muita gente importante presa, com políticos importantes cassados e que seria uma grande revolução. Como pudemos ver, foi o que ocorreu."

Mas questões de fé e de política podem se misturar?
"Só se pode falar de fé onde não há negociatas, com leis e projetos favorecendo alguns. Quem pensa em montar bancada para sua religião não está falando de Deus. Isso me agonia."

Qual foi a previsão mais surpreendente de sua vida?
"A mais inédita ocorreu em 1993. O Palmeiras perdeu o primeiro jogo da final do Paulistão para o Corinthians por 1 x 0, gol de Viola. Eu fui ao programa Faixa Nobre do Esporte, na Bandeirantes, com o Elia Júnior e o Juarez Soares. Eles me perguntaram quem seria o campeão. Tentei falar e não saiu. Ogum disse que o Palmeiras seria o campeão, com uma vitória de 3 x 0 no tempo normal. O título viria com o quarto gol na prorrogação e a expulsão de três corintianos. Quando voltei a mim, pensei: “Tô morto”. Como é que eu poderia acertar todos aqueles detalhes. Fui massacrado, mas acabei ganhando o respeito das torcidas."

Sua ligação com futebol é antiga. Quando começou?
"Digo que tenho mais de 20 títulos. Fiz previsões para o Flamengo de Cláudio Coutinho, lá no final dos anos 1970. Trabalhei com o Vanderlei Luxemburgo desde seus tempos de Bragantino, passando por Palmeiras e Corinthians. Antes, acompanhei o Santos vitorioso de Juary e de Nilton Batata."

Que previsões fora do mundo do futebol tiveram mais repercussão?
"Em 1985, afirmei ao antigo jornal Notícias Populares que um grande político iria morrer, causando comoção nacional. Também disse que Paulo Maluf aceitaria a derrota no Colégio Eleitoral e manteria o PDS em pé. Registrei a previsão em cartório dizendo que Tancredo Neves iria falecer."

Quando começaram suas visões?
"Eu havia acabado de entrar no seminário. Tinha uns 11 ou 12 anos. Estava no lavatório escovando os dentes. Quando ergui o rosto, vi no espelho um homem grisalho e de barba carregando um livro debaixo do braço. Me apavorei e, ao me virar, o vi bem diante de mim. Gritei. Foi um susto enorme. Quando vi aquele homem pela primeira vez, logo deixei de ter medo, pois ele me trazia paz. Ele me parecia uma pessoa real, usava um terno. Eu nunca o identifiquei exatamente, mas a realidade se mantinha ao meu redor. Essa cena se repetiu mais umas três vezes, sempre no lavatório."

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