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Fabrício Oliveira Barbosa e Renato Siqueira de Jesus estão desaparecidos |
Operação das forças de segurança foi suspensa em 26 de abril após falta de vestígios de meninos de 13 e 14 anos. Militares retornaram para a mata neste sábado (8).
No dia em que completa um 1 mês desaparecimento de Renato Siqueira de Jesus e Fabricio Barbosa, de 13 e 14 anos, numa área de floresta fechada e isolada no norte do Amapá, o Corpo de Bombeiros Militar (CBM) confirmou que retornou com as buscas oficiais aos meninos neste sábado (8), 12 dias depois do comando suspender a procura por falta de indícios.
A volta até a comunidade de Rio Verde, em Calçoene, a cerca de 370 quilômetros de Macapá, será feita inicialmente com uma guarnição de 5 militares e foi motivada por novos indícios encontrados na mata. A Polícia Civil, que segue investigando o caso, acionou a corporação.
Os detalhes das pistas não foram detalhados, mas antes mesmo da ida dos militares, a procura seguia acontecendo por conta própria, feita pelas famílias dos meninos.
Buscas por conta própria
Parentes continuaram na mata fechada e hostil por conta própria com ajuda de voluntários e mateiros, que são moradores com amplo conhecimento da região.
A família de Renato, liderada pela mãe Edneide Siqueira de Jesus, tem levantado recursos e doações para manter a alimentação e compra de equipamentos, como pilhas, lanternas e acessórios para os voluntários, que sem comunicação, passam longas jornadas na floresta amazônica.
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Buscas realiadas ao longo de 16 dias em Calçoene |
Desde o início, em nenhum momento, a família deixou de acreditar que eles estivessem vivos e precisando de ajuda.
"A gente vai continuar fazendo as buscas com os mateiros e vamos fazer buscas por onde os bombeiros não passaram, porque a área é muito grande. Nunca deixamos de acreditar que as crianças estão vivas e esperando o resgate", disse, emocionada Edneide ao G1 no fim de maio. Renato é o único filho dela.
A reportagem tentou falar novamente com a mãe de Renato, mas familiares informaram que ela está na mata com as equipes e, por falta de comunicação, segue sem qualquer contato.
Desaparecimento sem indícios
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'Mateiros' voluntários traçando estratégias |
O local de partida das buscas, de onde os meninos desapareceram, fica a 30 quilômetros da sede da cidade. De passeio com as famílias na área, eles não foram mais vistos depois de saírem para apanhar açaí, prática comum na região. Eles se conheceram no dia em que sumiram.
Os adolescentes estavam acampados com suas respectivas famílias numa área de assentamento rural para trabalhadores temporários.
As buscas oficiais por terra, rios e pelo ar iniciaram 2 dias depois, e ao longo de 16 dias mobilizou mais de 50 homens de forma simultânea das forças de segurança, entre elas, Bombeiros, Guarda Florestal, Polícia Militar (PM), Polícia Civil, Companhia de Operações Especiais (COE), Exército Brasileiro e Grupamento Tático Aéreo (GTA).
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