
A ideia empreendedora partiu da doceira Aladia Nascimento que começou a produzir e vender bombons sozinha, após o fechamento de uma empresa da família.
Aladia precisou se reinventar para superar a dificuldade financeira. E foi em casa, sem nenhuma experiência que o empreendimento começou.
Depois de três anos de muito trabalho, o negócio finalmente começou a crescer. Atualmente, a fábrica de bombons recheados está em grande parte dos cômodos da casa da família. São quatro funcionários, contando com o marido. Todos se empenham para atender a demanda.
Só na produção, a empreendedora conta com duas ajudantes. Elas são moradoras da comunidade Santa Maria e toparam o desafio de trabalhar com as doçuras. O empreendimento gera emprego e renda para pessoas da própria comunidade.
Além de gerar os empregos, os bombons estão se tornando referência na cidade e já fazem sucesso entre os turistas.
"É muito gostoso o recheio com iguarias paraenses. Então a gente fica feliz de vir pra Amazônia, provar a culinária que é tão saborosa e levar pra casa uma lembrancinha com o sabor da Amazônia, pra matar a saudade dessa terra maravilhosa", disse a turista do Rio de Janeiro, Marina Lara.
Os sabores preferidos são cupuaçu e castanha do Pará. Mas pra chegar até aqui a caminhada foi longa. A empreendedora percebeu que precisava manter um padrão de qualidade para fidelizar os fregueses.
"O diferencial do meu produto é o sabor. O gosto foi evoluindo de acordo com o feedback que eu recebia do meu cliente. Hoje o meu produto segue um padrão de estética, tamanho, peso e sabor", destacou Aladia.
Atualmente, a empresa coloca expositores para venda e degustação no aeroporto, meios de hospedagem, escolas e padarias a fim de divulgar o produto. Em 2019, os doces também ficaram em exposição na Feira da Produção Familiar, realizada pela Prefeitura de Santarém. Foi quando Aladia conheceu o trabalho realizado pela Secretaria Municipal de Turismo (Semtur) para a valorização da produção artesanal local.
Incentivo
A Semtur realiza levantamentos para identificar atividades empreendedoras de produção artesanal nos bairros e comunidades a fim de incentivar essas iniciativas ofertando democraticamente oportunidade aos produtores interessados em expor e comercializar em espaços públicos destinados para esse tipo de trabalho.
Foi assim que os docinhos artesanais passaram a ser comercializados no Cristo Rei - Centro de Artesanato do Tapajós. Depois que passou a ter mais contato com os clientes, a empreendedora até inovou e passou a montar kits com embalagens artesanais personalizadas.
"O meu produto é artesanal e eu percebi que posso agregar mais valor a ele usando embalagens criativas que valorizam o artesanato regional".
Para o secretário municipal de Turismo, Diego Pinho, o apoio da Prefeitura é importante, porque amplia as possibilidades de negócios de micro e pequenos empreendedores.
"Nós ficamos muito felizes quando encontramos empreendedores que se descobriram na produção artesanal e estão conquistando o seu lugar no mercado. Assim como a dona Aladia, que produz bombons e brownies na comunidade Santa Maria, nós conhecemos muitos outros produtores que têm potencial para fazer sucesso em Santarém e até em outras regiões do Brasil, porque os turistas levam esses produtos como lembrança da nossa Pérola do Tapajós", disse Diego.
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