quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Nova espécie de tambaqui sem espinhas intramuscular é identificada na Amazônia

Tambaqui sem espinhas agora é uma realidade
Uma produtora de alevinos (peixes recém saídos dos ovos) de Rondônia descobriu a espécie sem espinhas Y, como são chamadas aquelas que ficam na carne, e agora o prazer em apreciar o peixe pode mudar.
A saga para identificar os tambaquis sem espinhas começou em 2012, como conta o engenheiro de pesca Jenner Menezes. Ele radiografou 134 peixes, usando um Raio-X portátil. Foram identificados 50 tambaquis sem espinhas.
Com os tambaquis sem espinhas Y, Jenner procurou pesquisadores para o estudo do lote, e chegou até o geneticista professor doutor Alexandre Hildsorf, da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), que o acompanha nas pesquisas.
Os estudos foram iniciados, e, dos primeiros cruzamentos entre os tambaquis radiografados sem espinhas, nasceram de outras formas. Em alguns casos voltavam as espinhas, em outros só na cauda, outros de um lado, outros sem espinhas, mas a meta é chegar a 100% de peixes sem espinhas, explica Jenner. O lote dos 50 tambaquis sem espinhas Y está em observação, e, segundo Jenner, não há previsão para fornecimento dos peixes. 
O geneticista professor doutor Alexandre Hildsorf explica que a presença dessas espinhas pode estar relacionada ao tipo de propulsão no meio aquático. “O que os estudiosos nesta área propõem é que a presença destas espinhas Y confere transmissão de força aos segmentos da musculatura e firmeza corporal. Contudo, os animais que temos hoje sem espinhas, aparentemente não apresentam nenhuma deformidade e incapacidade natatória. Como disse, outros peixes como os bagres não têm tias espinhas e não apresentam problemas”, finaliza.

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