Projeto integra ações de proteção à fauna, desenvolvidas no entorno da operação da Alcoa, com o apoio de campanhas de educação ambiental.
Mais de 400 animais foram atendidos pelo CRAS em 2021/ Foto: Oslan Silva
Keila
Silva, trabalha há 12 anos em Juruti. Belenense, a secretária executiva mora na
cidade desde que iniciou suas atividades na Alcoa, por isso, sempre ouviu
orientações da empresa sobre os cuidados e proteção aos animais silvestres.
Quando em uma tarde, percebeu que havia uma cobra na área externa de sua casa,
Keila não teve dúvidas de que não poderia atacar o animal, e sim entrar em
contato com o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres – CRAS, para a
captura e destinação adequada.
Desde 2020,
a Alcoa mantém em Juruti, uma unidade especializada para recuperação de
espécies de pequeno, médio e grande porte. O Centro de Reabilitação Animal –
CRAS, integra um sistema de gestão e conservação da fauna, que conta com apoio
permanente das campanhas de educação ambiental, realizadas entre seus
colaboradores e a comunidade local.
“Atendemos
animais oriundos da área de lavra, do beneficiamento e animais que são vítimas
de atropelamento tanto na rodovia, quanto na ferrovia. Os répteis sempre estão
à frente devido ao hábito em se aquecer em locais onde há grande movimentação
de veículos”, explica a médica veterinária Rafaelle Santos.
A estrutura
do CRAS está localizada dentro da área da mina da Alcoa, e conta com uma equipe
que atua 24h para garantir a maior taxa possível de sobrevivência dos animais
atendidos. Através da aquisição de um aparelho de ultrassonografia veterinário
e um aparelho de radiografia digital portáteis, houve aumento no percentual de
sobrevivência de 63% para 68%.
| Animal em espaço de recuperação/Foto: Oslan Silva |
A unidade mantém parceria com as universidades, com o aproveitamento científico de animais que vem a óbito. “Alguns, infelizmente, são recebidos sem vida, porém, quando apresentam boas condições de conservação, eles são triados para o envio às universidades, dentre elas a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Campus de Belém e Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém.
As universidades recebem esse material para incorporá-los aos acervos dos seus
museus de zoologia para estudos científicos desenvolvidos, tais como estudos
anatômicos, necroscópicos, taxidermias e descrição de espécies”, informa
Rafaelle.
Em
2021, 482 animais foram atendidos, sendo oito anfíbios, sendo 160 aves,
108 mamíferos e 206 répteis.
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