Resultado aconteceu após levantamento feito pela SEMMA entre os dias 16 e 19, deste mês de setembro
Foto: Reprodução
Um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA), por meio do Banco de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (BD Queimadas/INPE) apontou que entre os dias 16 e 19, deste mês de setembro, 6 focos de incêndios foram registrados na Área de Proteção Ambiental (APA) Alter do Chão, em Santarém, oeste do Pará.
De acordo com a SEMMA, não foi possível calcular o tamanho da área queimada devido serem pontos que o sistema não consegue captar e dimensionar, por conta do tamanho.
No dia 21 deste mês, uma operação realizada por fiscais da SEMMA, em parceria com investigadores da Delegacia Especializada em Conflitos Agrários (DECA) constatou diversas irregularidades e crimes ambientais dentro da APA Alter do Chão, as margens da estrada que liga a rodovia Everaldo Martins (PA-457), ao balneário de Ponta de Pedras, no rio Tapajós.
Os agentes da SEMMA revelaram que encontraram tipos penais, como: apropriação de patrimônio da União, supressão de vegetação nativa e loteamentos irregulares.
Segundo o chefe de fiscalização da SEMMA, Arlen Lemos, no local, foram encontrados pedaços de madeira demarcando mais de 200 lotes irregulares, onde alguns deles, estão sendo comercializados em sites e grupos de vendas na internet.
Ele informou que foi aberto procedimento administrativo para apurar as irregularidades. “Os infratores devem ser punidos nas esferas cívil e criminal”, garantiu Arlen.
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar as causas do incêndio na APA. Os policiais civis apuram se o fogo na APA, área de 16 mil hectares criada por lei municipal em 2003, aconteceu por ação humana intencional (dolosa), por causa da queima de vegetação para limpeza de lotes, em meio a estiagem que atinge a savana da unidade.
O titular da DECA, delegado Fábio Amaral revelou que durante operação na APA, foram encontrados quatro homens, limpando e demarcando lotes irregulares, com pedaços de madeira. Após prestarem depoimento na DECA, no dia 22 de setembro, eles confessaram que por cada dia trabalhado, recebiam a quantia de R$ 50,00. “Esses homens são trabalhadores humildes. Eles passaram informações sobre quem havia contratado os serviços, os quais são os prováveis donos dos loteamentos”, declarou o delegado Fábio.
Fonte: Portal Santarém
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