terça-feira, 23 de julho de 2019

Tudo pronto para o XXV Festival Folclórico das Tribos de Juruti

Prefeito Henrique Costa
Começa a movimentação de turistas e dos amantes da cultura local, para prestigiar o XXV Festribal, que este ano tem como tema “Resistência indígena no coração do Brasil”. O Festribal acontece nos dias 25, 26, 27 e 28 de Julho e se consubstanciou num dos maiores eventos culturais do Oeste do Pará.
O Festribal nasceu de uma ramificação do Festival Folclórico de Juruti onde apresentavam cordões de pássaros, quadrilhas, bumba-meu-boi e carimbó. 
A festa retrata a cultura indígena em forma de música, artes cênicas, alegorias e danças. O modo de vida do caboclo, os rituais indígenas, o pescador e o farinheiro são algumas das inspirações do festival.
Atualmente o Festival Folclórico das Tribos Indígenas de Juruti conhecida popularmente por Festribal, é considerado um importante instrumento de fomento ao turismo na região. É um evento democrático de ampla participação popular que incentiva a expressão artística e contribui para a difusão da cultura e desenvolvimento regional, contando com elementos indígenas, da fauna local e musicalidade própria. Fortalecendo como uma das maiores manifestações culturais do Estado do Pará, pois é um evento que agrega criatividade, originalidade e autenticidade, desta forma visa a valorização da produção artesanal, o turismo, a cultura indígena, os artistas locais e regionais, dentre outros, também em decorrência da grandeza do evento que tem uma participação quase na sua totalidade da população de Juruti. 
galera da Munduruku
Desde 2008 o Festival Folclórico das Tribos Indígenas de Juruti é considerado Patrimônio Cultural do Pará pela Lei Estadual nº 7.112 de 19 de Março de 2008 e desde 2011 pela Lei Municipal nº 1.010/2011 de 23 de setembro de 2011, foi declarado e reconhecido como Patrimônio Cultural do Município de Juruti. 
Muirapinima 2018
Em 26 de outubro de 2017 foi implementado no município as Lei Municipal de Cultura (Lei 1.122) e de Turismo (Lei 1.123) que institui as politicas culturais e turísticas do município.Sua realização ocorre no último final de semana do mês de julho, onde as duas tribos Muirapinima (Azul e Vermelho) e Munduruku (Amarelo e Vermelho) são responsáveis por um verdadeiro espetáculo a céu aberto em um espaço cultural denominado Tribodromo, onde é recriado um cenário totalmente folclórico voltado a cultura indígena, com apresentações de coreografias contemporâneas, gigantescas alegorias, indumentárias, itens individuais, músicas de composição de artistas locais e regionais, artes plásticas, designer, lendas amazônicas, musicalidade e outros aspectos culturais. Com isso a arte da criação tem como fundamento o fortalecimento à tradição indígena, sempre valorizando a cultura local, dando oportunidades aos que busca na arte um modo de vivência diferente promovendo a interação social, inclusão e sustentabilidade. 
O XXV Festival Folclórico das Tribos Indígenas de Juruti com o tema “RESISTÊNCIA INDÍGENA NO CORAÇÃO DO BRASIL” acontece no período de 25, 26, 27 e 28 de Julho de 2019.

TÍTULOS DO FESTRIBAL
ANO
MUIRAPINIMA
MUNDURUKU’S
1995

X
1996

X
1997

X
1998
X
X
1999

X
2000
X
X
2001
X

2002
X

2003
X

2004

X
2005


2006


2007


2008


2009


2010

X
2011
X

2012
X
X
2013
X

2014

X
2015

X
2016

X
2017
X

2018

X

TRIBO MUNDURUKU
A Tribo indígena Munduruku habitava uma região entrecortada pelos rios Madeira, Tapajós, Juruena e Amazonas, denominada por historiadores e expedicionários de Mundurukânia. Por sua bravura e belicosidade, os Munduruku dominavam vários outros povos. Acreditavam que em tempos imemoriais foram criados por Karu-sacaebê e tinham como principal cerimônia ritualística o "pariuá-te rã", o ritual da cabeça mumificada. Eram conhecidos por seus inimigos como "Paikicés", que na linguagem indígena significa "cortadores de cabeça". 
Poliana Vieira- Porta Estandarte da Tribo Munduruku
Em meados de 1818 foi edificada uma pequena capela no aldeamento Munduruku de Juruti, fato que deu origem ao futuro Município de Juruti. 
A Associação Folclórica Tribo Munduruku teve sua origem em 1993, uma expressão cultural que traz como fundadores os jurutienses Carmem Barroso, Adecias Batista e Jim Jones Batista, líderes de um grupo de aproximadamente 70 jovens que naquele momento integravam a dança indígena intitulada Munduruku, referência aos primeiros habitantes de Juruti. 
Em sua trajetória o Grupo Folclórico Munduruku, proporciona uma viagem de mistérios e originalidade aos místicos antepassados da tribo Munduruku, sendo que todos os espetáculos são intitulados como forma de reverência, através de sua dança, rituais, tradições e sabedoria.
Nos 25 anos de Festribal, a Tribo Munduruku de juruti apresentará o espetáculo alegórico cênico e coreográfico "Brasil, não silenciarás nosso canto ancestral", um manifesto artístico de resistência em defesa do meio ambiente e da vida de todas nações indígenas.

1995 – Jará, um lago minha inspiração. 
1996 – Fenômenos e Mistérios da Ilha de Santa Rita. 
1997 – Explosão Tribal 
1998 – Esplendor Amazônico 
1999 – Guerra Crença e Pajelança 
2000 – Mitos Indígenas das Matas Amazônicas. 
2001 – Os sete Martírios de Karu Sakaibê. 
2002 – Guerreiro, Feroz e destemido. 
2003 – Amazônia fonte de vida, pátria de mitos e lendas. 
2004 – Índios da Amazônia. 
2005 – Amazônia: esta terra é nossa. 
2006 – Tribos Indígenas. 
2007 - Amazônia, cunhantã dos olhos do mundo. 
2008 – Amazônia Eterna 
2009 – Amazônia Terra Mãe. 
2010 – Pajelança 
2011 – Sabedoria Indígenas. 
2012 – Xamanismo 
2013 - O mundo das Encantarias. 
2014 – Celebração. 
2015 – Rituais. 
2016 – Mitos. 
2017 – Mistérios do Pajé. 
2018- Amazônia: Dos Cacicados à Profecia das Savanas.
2019 – Brasil, não silenciarás nosso canto ancestral. 

TRIBO MUIRAPINIMA
Muirapinima 2018
A Associação Folclórica Cultural e Recreativa “TRIBO MUIRAPINIMA” apresentou-se pela primeira vez no dia 17 de junho de 1995, como atração no Arraial da Escola Estadual de Ensino Fundamental Deputado Américo Pereira Lima. A promoção do evento tinha como objetivo angariar fundos para a construção do piso das salas de aula. O Grupo Folclórico apresentou-se com o ritual denominado “O feiticeiro”.
Em julho do mesmo ano a Comissão do X festival Folclórico de Juruti, enviou convite para que o grupo participasse do evento, o qual fez sua apresentação no dia 27 de julho de 1995, competindo pela primeira vez com a tribo adversária. Tendo como coordenadoras, as professoras Aurecília da Silvia Andrade e Sebastiana Picanço da Silva, com o apoio de pessoas interessadas a incentivar a juventude a conhecer suas raízes.
Muirapinima é nome da Tribo que habitava as margens do Lago Juruti Velho e que deu origem a vila de mesma denominação. Muirapinima também é o nome de uma espécie arbórea, madeira de lei, abundante na região, cuja madeira é de uma beleza ímpar, sendo este um dos motivos dos índios se autodenominarem com o mesmo nome, em homenagem a esta árvore, numa clara demonstração de amor a natureza.
Ariadne Lima- Secretaria de Cultura
Desporto e Turismo
Visando aprofundar a coleta de informações sobre os costumes, tradições e identificar remanescentes da tribo, uma equipe deslocou-se aquela região, mantendo contato com antigos moradores da vila, e com base nos dados fornecidos pelos Senhores Manduquinha, descendente da Tribo Jurupixuna e José Avelino Mateus, descendente da Tribo Arara, nascido em 26.02.1901, que chegou à região com 17 anos, o qual casou-se com uma descendente Muirapinima, montou-se a história desse povo heroico, primitivos habitantes da região do Juruti-velho.
A partir da pesquisa realizada, buscou-se apresentar uma tribo com características de nossos antepassados, reunindo os aspectos tradicionais e culturais. Utilizando som original do povo indígena, indumentárias, adereços, rituais e alegorias, procurando transmitir com fidelidade os costumes, crenças e lendas dos ancestrais amazônicos, além de aproveitamento dos recursos naturais.
Durante esses vinte e cinco anos de Festival das Tribos Indígenas de Juruti, a Tribo Muirapinima levou para a arena sagrada, os seguintes temas:

1995 – Tradição e Cultura
1996 – Valores indígenas na cultura amazônica
1997 – Uma viagem na cultura da Amazônia
1998 – Povos indígenas, uma dívida histórica - empate
1999 – Amazônia Rituais 
2000 – História e Crenças da Amazônia
2001 – Deuses indígenas – campeão 
2002 – Arte Indígena – campeão 
2003 – Amazônia Mística e Tribal – campeão 
2004 – Canto, Crenças e Danças Tribais
2005 – Mitologia Indígena - campeão 
2006 – Amazônia Mundo de todas as Tribos – empate 
2007 – Celebração Indígena
2008 – Amazônia não pode esperar
2009 – Amazônia Sagrada “Ihé Uru-Airú” - campeão
2010 – Nosso Amor
2011 – Ancestralidade - campeão 
2012 – Misticismo - empate 
2013 – Crença – campeão
2014 – Cosmogonia
2015 – Ensinança Ancestral
2016 – Espíritos
2017 – Mística da Vida - campeão
2018 – Amazônia Sataré Mawé – A Essência da Vida
2019 – Legado Indígena.

Nenhum comentário:

Postar um comentário