sexta-feira, 4 de março de 2022

Boletim meteorológico indica alto volume de chuvas para região do Baixo Amazonas em março

 


Previsão meteorológica emitida nesta sexta-feira (4) pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) indica que as chuvas de março devem chegar com força total no Pará. As regiões do Baixo Amazonas, noroeste, sudoeste e porção central deverão apresentar os maiores índices de precipitação do mês, que geralmente é o mais chuvoso do ano.

Já para as regiões nordeste, Ilha do Marajó e sul do Pará, a previsão é de chuvas de acordo com a média climatológica normal.

Para o Baixo Amazonas e parte da Calha Norte, assim como os demais municípios das regiões sudeste e sudoeste, os totais mensais devem variar entre 250 e 400 mm/mês. A Semas destaca que a faixa de 400/500 mm/mês é alta para a região do Baixo Amazonas, mas fica dentro da média climatológica das regiões Nordeste e Ilha do Marajó.

Ainda de acordo com o boletim, as chuvas serão mais frequentes nas regiões nordeste, Região Metropolitana de Belém (RMB), Marajó, porção norte do sudeste e parte centro-oeste da Calha Norte, exibindo acumulados entre 400 mm/mês a 500 mm/mês.

Fenômeno climático

Nos municípios do Baixo Amazonas, porção oeste, Calha Norte e região sudeste paraense, uma atividade moderada da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) está prevista, o que deverá aumentar as chuvas, com indicativo de precipitação acima da média.

Nas regiões em que os maiores volumes de chuva devem se concentrar, na faixa norte e parte sudoeste do Pará, os acumulados deverão variar entre 350 mm e 500 mm/mês. Em contrapartida, uma pequena porção do extremo nordeste apresentará chuvas abaixo da normal, com valores entre 300 mm a 350 mm no mês de março.

"Apesar da boa frequência de chuvas ocorrida em janeiro e fevereiro - ambos os meses tiveram mais de 23 dias cada um - essas chuvas têm acontecido principalmente em formas de pancadas rápidas e passageiras. Além do mais, foram registrados apenas dois eventos de chuvas volumosas (acima de 40 mm) na estação de Belém nesses dois meses”, afirma Saulo Carvalho, coordenador do Núcleo de Monitoramento Hidrometeorológico.

Saulo disse ainda, que de acordo com as análises, algumas interações de sistemas frontais vindas do Hemisfério Norte contribuíram de forma a atenuar a atividade da ZCIT, principal produtor de chuvas em grande quantidade na faixa norte do Estado. “Porém, há indicativos que esse sistema meteorológico possa se reorganizar e causar chuvas dentro da média climatológica para março”.

ZCIT

A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é um dos mais importantes sistemas meteorológicos que atuam na região tropical do planeta, fazendo parte da circulação geral da atmosfera. Essa circulação transfere calor e umidade das águas oceânicas dos níveis inferiores da atmosfera das regiões tropicais para os níveis superiores da troposfera e para médias e altas latitudes, atuando na manutenção do balanço térmico global.

Na região norte do Brasil, é o principal sistema gerador de precipitação. O pico de chuvas observado nos meses de março e abril ocorre exatamente na época em que a ZCIT apresenta a sua maior proximidade com a região, quando atinge as posições mais ao sul de sua área de atuação.

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