segunda-feira, 21 de março de 2022

Pará pode ser maior fábrica de talentos do breaking no Brasil para as Olimpíadas de 2024

Leony Pinheiro, b-boy integrante da seleção brasileira, aprova projeto de lei para implementar política pública de incentivo à modalidade.

b-boy Leony Pinheiro, 25, pode ser um dos grandes nomes do Pará beneficiados por um projeto de lei/Divulgação


Com exatos 14 anos de atuação profissional e sem ainda dispor em Belém de espaço apropriado para treinar os criativos e frenéticos movimentos que o levaram à seleção brasileira, o b-boy Leony Pinheiro, 25, pode ser um dos grandes nomes do Pará beneficiados por um projeto de lei considerado ambicioso e inédito no País, apresentado recentemente pelo deputado Raimundo Santos (Patriota), que prevê instituir o “Programa Estadual de Formação de Campeões do Breaking” para as Olimpíadas de 2024 na França, Jogos Olímpicos seguintes e inclusive competições nacionais e internacionais dessa modalidade que promete ser uma das maiores sensações – senão a de maior destaque – em Paris daqui a dois anos.

“A dificuldade financeira e a falta de logística são os dois maiores monstros”, disse Leony Pinheiro.

Na semana passada, ele teve breve encontro com o autor da PL na Assembleia Legislativa (Alepa), a convite do próprio parlamentar, recebeu uma cópia da proposição e relatou o que sabe sobre a realidade dos praticantes de breaking na capital e em todo o Estado. O deputado Raimundo Santos o informou então que está marcando sessão especial para debater políticas públicas de incentivo ao breaking, um dos pilares do movimento hip hop, tendo como base o que preconiza a proposta de seu projeto no âmbito estadual. Serão convidados para o debate praticantes e representantes de grupos de breaking e de esferas de governo, entre outros. 

Na reunião na Alepa, Leony contou sua história de vida, as metas que já alcançou na carreira e o exemplo em que se tornou na comunidade do 40 Horas, bairro do município de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém (RMB), quase uma década e meia de exibições plásticas que vêm encantando em “batalhas” pelo mundo.

Desde pequeno de natureza imperativa, ex-carateca da faixa verde, ele mudou o curso de sua trajetória quando viu um b-boy no histórico Mercado de São Brás, em Belém, “sair intacto”, conforme disse, após uma pirueta girando a cabeça. “É isso o que quero para mim”, decidiu ele, que deseja fazer sua mãe chorar de novo – de alegria – como medalhista na capital francesa, de preferência com o ouro olímpico.

 

Fonte: Portal Ver-O-Fato


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