| 71% das micro e pequenas empresas estão endividadas/Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil |
Cerca de 71% das
micro e pequenas empresas registraram queda no faturamento em agosto de 2021 na
comparação com o período anterior à pandemia da Covid-19. Os dados são da
pesquisa mais recente sobre o impacto da pandemia do coronavírus nos pequenos
negócios, elaborada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas (Sebrae) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Como os
empreendedores apontam, a queda na receita ocorreu em consequência,
principalmente, das restrições à atividade econômica impostas por estados e
municípios no combate à pandemia da Covid-19. Com isso, os micro e pequenos
negócios tiveram dificuldades para pagar, entre outras despesas, os tributos ao
Simples Nacional.
Para dar fôlego às
MPEs, a Câmara dos Deputados aprovou em dezembro o Projeto de Lei Complementar (PLP) 46/2021.
Batizado de Relp, sigla para Programa de Reescalonamento do Pagamento de
Débitos no Âmbito do Simples Nacional, o projeto permite que esses negócios
parcelem seus débitos no âmbito do Simples Nacional. Mas o Executivo vetou integralmente
a proposta e, agora, cabe ao Congresso Nacional analisar se mantém ou não a
decisão.
O deputado federal
Eduardo Cury (PSDB/SP) acredita que o veto do presidente ao Relp será derrubado
pelos parlamentares. Caso contrário, as MPEs podem enfrentar mais dificuldades.
“Se o veto não for derrubado, nós vamos jogar milhares de empresas em
inadimplência e, consequentemente, terão enorme dificuldade de retomar os seus
negócios, porque além do problema passado não poderão fechar negócios futuros”,
diz.
Segundo o deputado,
a situação de calamidade pública e crise econômica pede por uma solução para as
dívidas das micro e pequenas empresas. “O projeto é importantíssimo para as
micro e pequenas empresas, porque durante a pandemia o faturamento de grande parte
caiu drasticamente e tiveram que priorizar, na verdade, pagamento de salários e
o mínimo de insumos para poder sobreviver. Então, não tem sentido priorizar o
dinheiro do governo num momento de enorme dificuldade para a sobrevivência das
pequenas empresas”, destaca.
Fonte: Brasil 61
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