preocupação de famílias ribeirinhas com as constantes invasões de áreas
de pesca nas regiões do Tapajós e Arapiuns, em Santarém, oeste do Pará, foi
apresentada durante oficina de mapeamento para a construção do diagnóstico da
pesca artesanal realizada na sexta-feira (14), na sede da Colônia de Pescadores
Z-20.
Segundo o pescador
Edmilson Colares, a maior parte das regiões sofre com a invasão das áreas de
pesca. "Vêm pessoas de outras comunidades, em geleiras, pegam os peixes e
estragam. É por isso que nós queremos fazer um acordo de pesca coletivo, porque
já houve invasão várias vezes”, desabafa.
O diretor de
assistência social da Z-20, Jucivaldo Pereira explica que é preciso fazer um
trabalho de monitoramento e identificar através das regiões, os lagos aonde já
existe o manejo, aonde não tem, e aqueles que têm a condição de pesca.
"Também é importante saber quais as áreas de conflitos. Algumas
comunidades têm conflitos internos e externos”, frisou.
Diante do
descumprimento dos acordos de pesca firmados entre os moradores das comunidades
e invasão de barcos-geleiras, contribuir para a reprodução do pescado tem sido
uma tarefa difícil. Mas, com a obediência aos acordos de pesca vigentes, os
pescadores acreditam que será possível melhorar a situação da atividade na
região.
O líder da
comunidade Saracura, região do Tapará no Rio Amazonas, Adelson Bastos defende
que levar o conhecimento sobre o manejo para a área e fundamental. “Cada um dos
coordenadores que estão aqui levam para sua região os conhecimentos obtidos
para repassar aos pescadores”, disse.
Ter um diagnóstico
preciso com a peculiaridade de cada região, acordo de pesca vigente, conflitos
comunitários e obrigações de cada pescador (morador) é necessário para
encontrar soluções.
Com base no diagnóstico será
possível identificar as fragilidades e potencialidades da pesca na região e
apontar propostas elaboradas de forma coletiva.
O objetivo é construir uma proposta sustentável
para o fortalecimento da atividade da pesca artesanal nas onze cidades do Baixo
Amazonas: Santarém, Monte Alegre, Prainha, Almeirim, Juruti, Faro, Terra Santa,
Oriximiná, Óbidos, Alenquer e Curuá.
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